Queria escrever um Post divertido, porém não consegui pensar em nada alegre. Então vou escrever algo reflexivo.
É engraçado como a vida ensina para a gente, e a gente cisma em não aprender. Meu avô esteve lá em casa neste fim de semana, e me lembrou uma história que já havia esquecido completamente. Na época eu tinha uns 10 anos, e meu avô tinha uma gaiola com um passarinho que ele gostava muito, e eu também. Não me lembro a espécie nem detalhes mais profundos, mas me lembro que ele era totalmente negro, e cantava muito.
Eu gostava muito de colocar pessoalmente o alpiste e a água na gaiola dele, além de limpá-la. Porém, só fazia isso com o meu avô do lado. Um dia eu me afobei, e resolvi tomar a iniciativa de fazer sozinho. Estava limpando a gaiola, quando me descuidei e ele fugiu para nunca mais aparecer. Fiquei muito triste, me sentindo culpado porque deixei o passarinho que pertencia ao meu avô fugir. Me lembro que chorei muito, pedindo desculpas e tocando o tempo todo no assunto com o meu avô.
Hoje vejo que não adiantou nada, o passarinho não voltou por causa de todo aquele sofrimento. Além disto, percebi que o passarinho nunca foi do meu avô. Ninguém é dono de outro ser vivo, mesmo sendo este um animal. Bobo fui eu, que me descuidei
quando deveria ser atento o tempo todo para ele não ir embora.
Infelizmente, tive que esperar dezesseis anos para finalmente aprender a lição.